Protesto contra as altas taxas aeroportuárias na Europa
A Associação Europeia de Companhia Aéreas (AEA), manifestou-se contra a “tendência contínua dos aeroportos europeus aumentarem as taxas que cobram às companhias aéreas para compensarem as quebras de tráfego na actual recessão”.A Alemanha é especialmente visada.
Esta não é a primeira vez que a AEA se manifesta em relação às taxas cobradas pelos aeroportos, por demasiado altas, uma situação que ocorre de forma generalizada, “com poucas honrosas excepções”, afirma-se em comunicado da Associação.
Também alvos de queixas são as autoridades nacionais de aviação, que estarão “a empatar a implementação da directiva europeia de taxas aeroportuárias”, que deverá trazer maior regulação e transparência a este sector.
A AEA aponta a Alemanha como o país onde os aumentos nas taxas são mais evidentes, dando os exemplos de Frankfurt, onde as taxas deverão subir 8,4 % em Janeiro, depois de já terem sido aumentadas em 4,6 %. Munique, o segundo maior aeroporto no país, vai aumentar as taxas em 4 %. Segunda a AEA, estes aumentos podem levar outros aeroportos a aumentar também as taxas.
“O Aeroporto de Frankfurt devia cair na realidade”, afirma Ulrich Schulte-Strathaus, Secretário-Geral da AEA, que acusa a infra-estrutura de financiar os seus planos de expansão através do aumento das taxas. “Quando as companhias aéreas investem no seu crescimento não o pré-financiam através de aumentos nas passagens aéreas”, afirma, acrescentando outros exemplos: “Não vemos os supermercados a aumentar os seus preços porque há menos clientes, o que vemos é preços mais baixos”, assim como “os vendedores de automóveis não dobram preços por ter metade das vendas, fazem é descontos agressivos”. Exemplos que Schulte-Strathaus equipara às companhias aéreas, que “estão a tentar estimular o mercado com preços cada vez mais atraentes”.
Além da Alemanha, a AEA refere ainda os aeroportos de Londres-Heathrow, Paris-charles de Gaulle, Copenhaga, Varsóvia e outros aeroportos polacos, estes acusados de discriminarem as companhias de rede em favor das low cost através da atribuição de incentivos. Como excepção – “por enquanto”, frisa a AEA – surge a Noruega, “onde os aeroportos reconheceram as dificuldades que os seus clientes enfrentam e congelaram as taxas”.
O Secretário-Geral da AEA conclui que companhias aéreas, aeroportos e outros fornecedores de serviços “estão todos no mesmo negócio, levar pessoas de A a B”, e só por “inadequações e distorções na cadeia de valor pode um sector florescer à custa de outros. Em tempos melhores este comportamento era irrazoável, durante a pior crise que a indústria já conheceu é completamente inaceitável”.
Fonte: Turisver
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