Avião da Yemenia cai no Oceano índico com 154 a bordo

Ainda não há informação sobre sobreviventes; arquipélago fica a 300 quilômetros de Madagáscar, na África

Report: Yemeni plane crashes with 154 aboard

MORONI - Um avião comercial modelo Airbus A-310 da companhia aérea estatal do Iêmen, Yemenia Air, fazendo o voo Y626 , caiu no Oceano Índico com 154 pessoas a bordo, informou uma importante autoridade governamental nesta terça-feira, 30.

"Não sabemos se há sobreviventes entre as 150 pessoas a bordo do avião", disse o vice-presidente de Comores Idi Nadhoim à agência Reuters do aeroporto da capital da ilha principal, Moroni.

Nadhoim afirmou que a tragédia aconteceu nas primeiras horas de terça-feira, mas ressaltou que não pode dar mais detalhes. Ainda não se sabe a localização exata do acidente, mas um funcionário médico na cidade de Mitsamiouli, na ilha principal Grande Comore, disse que foi chamado para o hospital.

"Eles me chamaram para ir ao hospital, dizendo que um avião se acidentou", afirmou ele.

Uma fonte policial de Comores disse que acreditava que o avião havia caído no mar.

"Nós realmente não temos capacidade de salvamento marítimo", afirmou.

A aeronave procedia de Sana, de onde partiu às 21:30 ( horário local ), com destino a Moroni, capital de Comores. Ao que tudo indica, o acidente ocorreu faltando meia hora para a chegada ao destino. Normalmente o voo dura 4 horas e meia.

O avião transportava 143 passgeiros, em sua maioria comorenses e 11 tripulantes, ou seja 154 pessoas à bordo. O avião iniciou seu voo em Paris e fez escala em Sana para em seguida seguir para Moroni.

A Yemenia faz 3 voos semanais nesta rota.

A frota da companhia é composta por dois Airbus 330-200s, quatro Airbus 310-300s e quatro Boeing 737-800s, segundo o site da empresa.

O arquipélago de Comores cobre três pequenas ilhas vulcânicas, Grande Comore, Anjouan and Moheli, no Canal do Moçambique, a 300 quilômetros de Madagáscar.

Mais Informações:

Ibrahim Kassim, representante do organismo de segurança aérea da África francófona, ASECNA, informou que a aeronave provavelmente caiu entre 5 e 10 km da costa da principal ilha das Comores e que embarcações civis e militares foram mobilizadas para iniciar as buscas.

" Achamos que o local da queda está em algum trecho da aproximação inicial ao aeroporto", Kassim declarou à Reuters. " As condições de tempo no local não são favoráveis e o mar está muito agitado".


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Aeroporto Moroni-Prince Said Ibrahim In, em Moroni



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Um Airbus A-310 da Yemenia


Local de acidente aéreo é destino turístico na costa da África

As Ilhas Comores são um destino turístico na costa oriental da África, no Oceano Índico, muito procurado por causa da pesca e do mergulho e conhecido por suas praias de areia branca e exuberantes paisagens. Nesta segunda-feira, um avião da companhia estatal iemenita Yemenia Air caiu no mar, com 150 pessoas a bordo, perto do arquipélago.

Moroni é a capital da União das Comores (antiga República Federal Islâmica de Comores), que conta com uma população de 613.606 habitantes e que desde sua independência da França, em 1975, sofreu vários golpes de Estado.

Comores é formada por três pequenas ilhas vulcânicas, Grande Comores, Anjouan e Moheli, no Canal de Moçambique, 300 km a noroeste de Madagáscar e a uma distância semelhante do litoral leste do continente africano.

O árabe e o francês são as línguas oficiais do território, e 86% de sua população professam o islamismo. Povoado por muçulmanos e portugueses nos séculos 12 e 14, respectivamente, o arquipélago de Comores passou a ser um Protetorado francês em 1886.

Em 1961, as ilhas conquistaram a autonomia interna, e em 1974, com exceção de Mayotte, os moradores de Comores votaram em plebiscito sua independência, que no ano seguinte a Câmara dos Deputados proclamaria unilateralmente.

O islamita Abdallah Mohammed Sambi é o atual chefe de Estado, e a Presidência da União é rotatória entre as três ilhas a cada quatro anos.

A nova Carta Magna, aprovada em referendo em 2001, rebatizou o país como União das Comores e estabelece que cada uma das três ilhas tem garantida sua autonomia, seu próprio presidente e Constituição.


Fonte: Reuters - G1 - Folha - Estadão - CNN - AirdisasterCom

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