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Brasil faz parceria espacial com índia e África do Sul

Projeto vai ser reabilitado

O projeto do primeiro satélite conjunto de Brasil, Índia e África do Sul deve ser reabilitado na próxima semana, durante o encontro do Ibas (cúpula que reúne os três países), em Pretória.

Proposto há dois anos pelo Brasil, o projeto compreende dois microssatélites, um para o estudo do clima espacial, outro para observação da Terra.

O de clima espacial, dedicado ao estudo de fenômenos como tempestades solares, deverá ser o primeiro da parceria. No Brasil, a coordenação do projeto será do Inpe.

De acordo com os negociadores brasileiros, o custo total deve ficar em torno de US$ 10 milhões, além de cerca de US$ 7 milhões gastos para o lançamento do satélite. O custo é considerado relativamente baixo.

A África do Sul desenvolveria o chamado controle de atitude do satélite, o conjunto de instrumentos de posicionamento da máquina. O Brasil seria responsável pelos sensores de coleta de dados e caberia à Índia o lançamento da sonda.

Especialistas da área espacial ouvidos pela Folha afirmam, porém, que o gigante asiático está reticente em relação à parceria trilateral.

A Índia, afinal, é uma potência espacial emergente, que recentemente lançou uma sonda na superfície da Lua e não tem interesse em um projeto tecnologicamente mais elementar. O maior interesse indiano seria o de vender a tecnologia.

No encontro da próxima semana, que terá a presença da presidente brasileira, Dilma Rousseff, do presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, brasileiros e sul-africanos irão pressionar politicamente os colegas asiáticos para embarcar no projeto.

O satélite era visto com entusiasmo no governo Lula, por dar "materialidade" ao grupo de países do hemisfério Sul. "Tem um aspecto positivo de cooperação tecnológica sul-sul", diz o diretor do Inpe, Gilberto Câmara.

A Índia, entretanto, é essencial para o projeto, porque o custo de lançamento de um microssatélite por quilo é mais elevado do que o de um satélite de 5 toneladas.

Além disso, como a ideia é cobrir tanto o Brasil quanto a África do Sul, a nave teria de ser lançada numa órbita oblíqua.

Ou seja, nem circulando os polos, como a maioria dos satélites de sensoriamento remoto, nem equatorial, como os satélites geoestacionários.

Para isso, seria necessário embarcar o microssatélite de "carona" com algum outro satélite num foguete indiano. "A Índia explora esse tipo de órbita", diz Câmara.

A África do Sul e o Brasil têm interesse em cooperação tecnológica, já que já são parceiros diplomáticos nos fóruns internacionais sobre uso pacífico do espaço. A África do Sul também abriga a primeira estação de recepção de imagens do satélite sino-brasileiro CBERS, que distribui imagens para a África.

O país africano tem, ainda, capacidade tecnológica "ociosa" nessa área, resquícios de um programa de cooperação nuclear com Israel durante o regime do apartheid (1948-1994).


Fonte: FOLHA DE S PAULO - Agências

Rio ganha 28 novas rotas aéreas após acordo entre Brasil e EUA

Até 2015, Brasil e EUA querem liberalização total do espaço aéreo dos dois países

A partir de outubro de 2012, o Rio de Janeiro terá 28 novos voos diretos para os Estados Unidos. Destas rotas, 14 serão originárias de empresas aéreas brasileiras e as outras 14 de empresas norte-americanas.

O acordo foi celebrado pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos o que permitirá liberalização total das operações aéreas entre os dois países a partir de outubro de 2015.

Quem vai sair ganhando é o consumidor, que poderá contar com reduções nos preços das passagens devido a maior oferta e a disponibilidade de escolha entre companhias.

Em 2013 e 2014, o número de rotas vai ser diferente para outros destinos. No Rio, o sentido vai continuar com 14 Rio-EUA (e mais 14 EUA-Rio), 21 para os demais estados e 14 para São Paulo. No entanto, para que a capital paulista possa se beneficiar do acordo terá que elevar a capacidade dos seus aeroportos.

Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o acordo pretende aumentar de forma gradual as operações nos espaços aéreos brasileiro e norte-americano, permitindo que as empresas dos dois países tenham acesso irrestrito ao mercado consumidor em potencial.

Atualmente, as empresas dos Estados Unidos só podem operar 154 voos por semana ao Brasil e as brasileiras os mesmos 154 voos para os EUA.

Com exceção de São Paulo – que já conta com fluxo aéreo bastante saturado – as empresas poderão fazer 14 viagens semanas com destino ao Rio e mais 14 para outras cidades brasileiras, o que vai certamente permitir que novas rotas sejam criadas.

Fonte: R7 - Agências

Acordo deve ampliar voos entre Brasil e Europa

O número de voos entre o Brasil e a Europa poderá ser ampliado a partir de um acordo que começará a ser negociado entre autoridades brasileiras e da União Europeia (UE).

Em reunião em Bruxelas, os ministros dos Transportes dos países integrantes do bloco europeu autorizaram a Comissão da União Europeia a iniciar negociações com o Brasil para estender a todos os países da comunidade os acordos para aprovação de novas rotas.

"Hoje o Brasil tem acordos aéreos com 13 ou 14 Estados-membros da União Europeia. Quando fizermos o acordo, todos os países terão acesso", disse o ministro-conselheiro Juan Victor Monfort, da delegação da União Europeia no Brasil. Segundo ele, uma vez aprovado por ambas as partes, o acordo ampliará o mercado para empresas aéreas brasileiras e europeias.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que, pelos termos do que está em discussão, a abertura de novas rotas será negociada em bloco com a UE, e não mais caso a caso com os países-membros. A agência reguladora da aviação no Brasil ressalta que isso não significa que as empresas europeias poderão operar voos domésticos no Brasil. Os acessos referem-se apenas a rotas unindo o Brasil à Europa.

Monfort disse que ainda não há uma estimativa de quantos novos voos poderão ser abertos com o eventual sucesso das negociações. Mas, segundo ele, já se calcula que a ampliação dos acessos aéreos pode aumentar em cerca de 350 mil pessoas por ano o fluxo de passageiros entre Brasil e Europa. Em 2008, cerca de 4,7 milhões de pessoas voaram entre esses dois destinos.

"O mercado aéreo brasileiro está crescendo muito rapidamente, tanto nos voos nacionais quanto nos internacionais", disse Monfort. Em nota à imprensa, a delegação da União Europeia destaca que o volume de passageiros entre Brasil e os países da Europa deverá crescer muito nos próximos anos com a Copa do Mundo de 2014, a ser realizada no País, e a Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016.

Além da abertura de novas rotas, o acordo a ser negociado prevê buscar uma equalização entre a regulamentação do setor aéreo aplicada no Brasil e os padrões europeus, de modo a facilitar a integração. Segundo Monfort, trata-se da "convergência regulatória na área ambiental, de segurança e proteção ao consumidor".

Em julho passado, Brasil e União Europeia já haviam assinado um acordo de cooperação técnica na área de segurança para o setor aéreo. A expectativa da delegação da UE é de que as negociações sobre a ampliação do acesso a novos voos comecem nas próximas semanas.

Fonte: Leonardo Goy/Agência Estado

Governo e Oi negociam parceria em satélite militar

Depois de ressuscitar a Telebrás para gerir o Plano Nacional de Banda Larga, o governo Lula estuda parceria com a Oi para lançar um satélite brasileiro de uso militar e comercial. 

O custo do projeto é estimado em R$ 710 milhões, informam Elvira Lobato e Valdo Cruz, em reportagem disponível para assinantes da Folha e do UOL.

A proposta foi apresentada a Lula pelos acionistas controladores da tele, e o presidente gostou da ideia.

Segundo assessores presidenciais, a parceria é vantajosa diante do custo elevado. Além disso, dizem eles, um satélite de uso exclusivo da União ficaria ocioso, e a Oi tem a simpatia do Planalto por ser brasileira.

O país não tem satélite de controle totalmente nacional. Sua construção é defendida por militares e órgãos que cuidam de dados sigilosos, como a Receita.

Fonte: FOLHA

Órgão da UE quer negociação com Brasil para abrir mercado aéreo

União Européia busca acordo com o Brasil

A Comissão Europeia (CE), órgão Executivo da União Europeia, recomendou nesta quinta-feira que o bloco inicie negociações com o Brasil para a abertura dos mercados de transporte aéreo dos dois lados, com o qual espera aumentar em 335 mil pessoas o fluxo de passageiros entre ambas as partes.

Acredita-se que a liberalização de setor aéreo resultaria em um aumento na oferta de voos - e uma de suas consequências disso seria a redução dos preços das passagens.

Em linhas gerais, o tratado consistiria em estabelecer para as companhias aéreas europeias e brasileiras regras comuns de segurança, direitos de passageiros, utilização de rotas e frequências, e permitir que operem em iguais condições em todo o espaço aéreo da UE e do Brasil.

O acordo também poderia remover restrições a investimentos estrangeiros em companhias nacionais.

Só no primeiro ano isso poderia render uma economia de 460 milhões de euros (mais de R$ 1 bilhão) para os consumidores, de acordo com um estudo de impacto econômico realizado pela CE.

'Melhores serviços'

"Além dessa economia para os consumidores, a qualidade dos serviços também melhoraria. Com mais voos diretos, a duração das viagens poderia diminuir e o conforto aumentaria para muitos passageiros", explicou à BBC Brasil o porta-voz de Transportes da CE, Dale Kidd.

"O valor desses fatores de qualidade e conforto para os passageiros são claramente positivos, mas não foram quantificados", disse Kidd.

Bruxelas estima que esses fatores estimulariam a demanda e contribuiriam para um aumento no turismo tanto na UE como no Brasil, criando empregos e melhorando ambas as economias.

"O momento é de especial importância se consideramos que o Brasil sediará a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016", lembrou o comissário europeu de Transportes, Siim Kallas.

Outro benefício direto da abertura do setor seria a redução dos custos de exportações e importações, que poderiam resultar em um aumento nos intercâmbios comerciais e nos investimentos estrangeiros diretos, argumenta a CE.

A negociação do acordo com o Brasil é também uma reivindicação dos aeroportos europeus, que consideram que a liberalização desse e de outros mercados estratégicos pode ajudá-los a se recuperar da crise, segundo as autoridades de Bruxelas.

Para que comece a ser negociada, a proposta de Bruxelas tem que ser aprovada pelos ministros de Transportes dos 27 países-membros da União Europeia.


Fonte: O Globo - BBC

Acordo abre caminho para venda de aviões aos EUA, diz Jobim

Acordo poderia facilitar venda de Tucanos à USAF

O acordo de cooperação na área de Defesa que Brasil e Estados Unidos assinaram nesta segunda-feira abre caminho para a venda de aviões Super Tucanos da Embraer para as Forças Armadas americanas, disse nesta segunda-feira o ministro da Defesa, Nelson Jobim.

Segundo Jobim, o Brasil negocia a venda de 200 aviões para os Estados Unidos. Caso a venda do primeiro lote de cem Super Tucanos seja concretizada, um segundo lote seria negociado.

Jobim e o secretário de Defesa americano, Robert Gates, assinaram o documento em uma cerimônia em Washington.

O ministro está na capital americana como parte da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Acordo

O acordo de defesa, anunciado na semana passada, é o primeiro do tipo a ser firmado entre os dois países em mais de 30 anos.

A partir desse acordo, os dois países poderão implementar projetos conjuntos de transferência de tecnologia, troca de experiências e treinamento de pessoal na área de defesa.

O documento vinha sendo negociado desde o governo do presidente americano George W. Bush (2001-2009), mas apenas recentemente foi fechado.

Clique Leia mais: Analistas veem sinais de distensão em acordo militar entre Brasil e EUA

No ano passado, um acordo militar que previa o uso de bases na Colômbia por forças americanas provocou críticas dos países da região, entre eles o Brasil.

Na época, o governo brasileiro chegou a cobrar explicações de Washington e Bogotá.

Diferentemente do pacto com a Colômbia, o acordo firmado com o Brasil não prevê o uso de bases brasileiras pelos Estados Unidos nem qualquer tipo de imunidade para as forças.

Apesar disso, a Unasul (União dos Países Sul-Americanos) pediu que o Brasil esclareça detalhes sobre o acordo.


Fonte: BBC

Começa disputa por novos voos entre EUA e Brasil

Novas frequências em outubro

O Departamento de Transportes americano (DOT) abriu as inscrições para as companhias aéreas que desejam concorrer às 14 frequências entre os Estados Unidos e o Brasil, que estarão disponíveis a partir de 1º de outubro deste ano.

São 14 frequências semanais, parte do acordo firmado entre os governos brasileiro e americano em 2008. É a última etapa desse acordo.

As frequências podem ser usadas para qualquer destino no Brasil, mas devem atender às restrições de infraestrutura da autoridade brasileira (Anac) em relação a Guarulhos (SP).

Quando essas restrições forem removidas (e a infraestrutura melhorada, consequentemente) as empresas poderão voar para São Paulo.

Fonte: Portal Panrotas

Brasil discute com EUA criação de base no Rio

Objetivo seria reforçar combate ao narcotráfico e ao contrabando, sempre sob o comando de brasileiros

BRASÍLIA - Por sugestão da Polícia Federal, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva discutiu ontem com o comandante do Comando Sul dos EUA, tenente-brigadeiro Douglas Fraser, a proposta de criação de uma base "multinacional e multifuncional" que teria sede no Rio de Janeiro.

A base formaria, com duas já existentes, em Key West (EUA) e em Lisboa (Portugal), o tripé de monitoramento, controle e combate ao narcotráfico e contrabando, principalmente de armas, além de vigilância antiterrorista.

Douglas Fraser passou o dia de ontem em Brasília. Após reunião de trabalho e almoço com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, o comandante americano encontrou-se com o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa.

A PF já tem um adido de inteligência trabalhando na base de Key West, na Flórida. O Planalto está para decidir se o adido junto à base de Lisboa será um delegado federal ou um oficial da Marinha.

A base no Rio, assim como as outras duas, não admite operações sob comando de estrangeiros. Os países que aceitam participar dos programas de cooperação de combate ao crime organizado enviam adidos que atuam sempre sob supervisão dos agentes do país soberano sobre a base.

A ideia é que com a base da Flórida, que vigia de perto o tráfico no Caribe, e a de Lisboa, que exerce controle sobre o Atlântico Norte, a base brasileira sirva como posto avançado de monitoramento do Atlântico Sul.

Tragédia. 

Key West é uma base aérea e naval que atua em cooperação com os departamentos de Defesa e de Segurança Nacional, agências federais e forças aliadas.

Desde 1989, possui força-tarefa de inteligência que conduz operações contra o narcotráfico no Caribe e na América do Sul. Foi de lá que partiu o primeiro avião de resgate no caso da tragédia do voo AF 447, da Air France, em junho passado, no litoral do Brasil, perto de Fernando de Noronha. Notificada do acidente, a base mobilizou o adido brasileiro, que providenciou o início do socorro.

O grupo de agentes da força-tarefa de Key West tem como objetivo combater o cultivo, a produção e o transporte de narcóticos. Os governos britânico, francês e holandês contribuem com o envio de navios, aeronaves e oficiais. O grupo reúne ainda representantes de Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e outros países latino-americanos.

A presença dos Estados Unidos na região começou em 1823, com o objetivo de combater a pirataria local. Foi usada inicialmente como patrulha de operações submarinas e como estação de treinamento aéreo, utilizada por mais de 500 aviadores na época da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Em 1940, ganhou a designação de base aérea e naval.

Em Lisboa, a base naval fica à margem do Rio Tejo, no Perímetro Militar do Alfeite. Foi criada em dezembro de 1958.

Fraser também veio ao Brasil para organizar a viagem do secretário de Defesa dos EUA, prevista para meados de abril. A visita é retribuição da viagem de Jobim aos EUA, em fevereiro, em Nova York.

Em pauta, a cooperação estratégica militar entre os dois países, a compra de caças pelo Brasil e o interesse dos EUA em adquirir aviões de treinamento - a Embraer produz o Supertucano. A americana Boeing produz o F-18, Super Hornet, que está entre os três classificados na concorrência da FAB.

Fonte: O ESTADO DE S PAULO/Rui Nogueira, Rafael Moraes Moura

Cúpula discutirá relações aéreas entre Brasil e UE

O objetivo da cúpula é adotar novas medidas nas relações aéreas entre a UE e a América Latina

Em uma iniciativa conjunta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da União Europeia (UE) e da Comissão Latinoamericana de Aviação Civil (Clac), será realizada a primeira Cúpula União Europeia - América Latina de Aviação Civil, de 24 a 26 de maio de 2010, no hotel Sheraton Rio, no Rio de Janeiro.

O objetivo da cúpula é adotar novas medidas nas relações aéreas entre a UE e a América Latina no século 21 e reunir representantes das autoridades aeronáuticas de todos os setores da aviação civil, facilitando os intercâmbios comerciais e reforçando a cooperação entre as duas regiões no campo da aviação.

Assuntos como a infraestrutura aeroportuária e políticas para aeroportos; os impactos ambientais do transporte aéreo; os progressos na indústria de transporte aéreo na América Latina e na UE e gestão do tráfego aéreo e novas tecnologias serão alguns dos temas discutidos na cúpula. Mais informações podem ser obtidas acessando o link:

www.anac.gov.br/arquivos/pdf/cupula.pdf


Fonte: Panrotas

Especialistas cobram decisão sobre domínio do espaço aéreo brasileiro

Roberto Amaral cobra postura firme do governo

O diretor-geral brasileiro da empresa Alcântara Cyclone Space (ACS), Roberto Amaral, disse ser urgente que as autoridades públicas decidam se querem que o Brasil assuma, definitivamente, o domínio sobre seu espaço aéreo, ou se aceitará que outros países desempenhem essa função.

- Nosso país precisa decidir se vai cuidar de si próprio ou se vai ceder o controle de seu espaço aéreo para outros países. Essa é uma decisão crucial, estratégica e política e terá que ser enfrentada - avaliou o especialista, perante os senadores da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).

Ele citou a importância estratégica de um programa de controle do espaço aéreo para as áreas de comunicação, segurança nacional, meteorologia, pesquisa, entre outras.

Também presente ao debate na CCT, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Ganem, frisou que faltam políticas claras no país para o controle do espaço aéreo. Para ele, o domínio do espaço aéreo é fundamental para o desenvolvimento do país, em termos econômicos e também em áreas como comunicação, educação à distância e realização de cirurgias com monitoramento remoto, por exemplo.

- O Brasil parece ter medo de exercer um protagonismo na exploração do espaço aéreo. Não temos políticas, as prioridades foram ignoradas, em nome de atividade econômica localizada - criticou ele, referindo-se ao avanço da indústria da construção civil em torno da base de Alcântara, no Maranhão.

Fonte: Agência Senado

Uma idéia imoral

Certos políticos têm idéias realmente lamentáveis




Talvez por ciúme dos privilégios do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem à sua disposição o Aerolula para transportá-lo em todas as suas viagens, o deputado Ernandes Amorim (PTB-RO) encaminhou à Mesa Diretora da Câmara no fim de dezembro requerimento solicitando a compra de um avião oficial com os recursos economizados do que foi descontado da folha de pagamento de parlamentares faltosos.

O requerimento 6075 está sob análise pela Mesa. O deputado sugere que a Câmara use as "sobras" do orçamento da Casa para comprar "uma aeronave tipo ou similar ao Legacy", jato estimado em R$ 50 milhões.

Em seu argumento, Amorim afirma que os deputados que moram em Estados muito distantes de Brasília têm o trabalho prejudicado, porque não conseguem transporte aéreo para transitar entre suas bases eleitorais e o Congresso.

"A grande maioria das comissões não conclui seus trabalhos nos objetivos almejados por falta absoluta de condições para os deslocamentos dos parlamentares, principalmente para as unidades da federação mais distantes da capital federal, o que esvazia a ação parlamentar e os seus deveres constitucionais deixam de ser executados pela falta de transporte aéreo para os municípios que demandam essas visitas".

A idéia do parlamentar de Rondônia é utilizar os descontos nos salários dos deputados que faltam a sessões para custear parte do avião, que já recebeu o apelido de "aeroparlamentar".

Ele argumenta que o avião diminuiria os custos com passagens aéreas, pois o Congresso só bancaria o combustível. Parlamentares já brincam com a possibilidade de o avião se tornar uma espécie de "lotação parador", pois o jato não conseguiria transportar os 513 deputados de 26 diferentes Estados e teria que fazer escala de aeroporto em aeroporto para deixar os passageiros.

O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) considera um "desrespeito ao dinheiro público" a idéia de comprar um avião oficial para o Congresso.

"Não faz nenhum sentido. O Executivo tem um chefe de Estado, nós somos um colegiado com 513 titulares de mandato. Podemos aplicar o dinheiro público em causas melhores".

Fontes: Aeroblog - Desastres Aéreos - Agência Brasil

Um novo Brasil

O Brasil conquista papel relevante no cenário internacional e o desafio será manter influência na era pós-Lula




Cada vez mais multipolar, o mundo favorece o surgimento de novas lideranças. E o Brasil soube aproveitar a oportunidade. Antes associado apenas à beleza das praias, aos passes do futebol, à exuberância do Carnaval e a cenas de violência explícita, o País ganhou outra dimensão no cenário mundial. Está agora vinculado a símbolos como o pré-sal, a Embraer, a Gerdau, a Olimpíada e a Vale.

Na geopolítica internacional, consolidou sua liderança regional, tornou-se porta-voz dos emergentes, saiu mais forte da crise econômica mundial e passou a influenciar nas tomadas globais de decisão. Em todos os continentes, o brasileiro mais citado deixou de ser um craque de futebol. Em um fenômeno sem precedentes na história brasileira, a figura do presidente da República é aquela que mais simboliza a Nação.

A acolhida recebida por Luiz Inácio Lula da Silva nos mais diversos fóruns internacionais reflete a visibilidade e a respeitabilidade conquistadas pelo Brasil. Não por acaso, o presidente acaba de somar à sua coletânea de prêmios no Exterior os títulos de personalidade do ano de 2009, concedidos pelos jornais “El País”, da Espanha, e “Le Monde”, da França.

“O Brasil ocupará em breve um lugar no Conselho de Segurança das Nações Unidas, está a ponto de converter-se em uma potência energética e em 2014 abrigará a Copa do Mundo”, afirma o primeiro- ministro da Espanha, José Luis Zapatero, em artigo que escreveu sobre Lula para o “El País”. Há desafios fundamentais para que o País mantenha sua trajetória ascendente em 2010.



Entre elas estão a consolidação do Mercosul como bloco regional e a conclusão da rodada Doha, pois o aumento da competitividade dos agroexportadores brasileiros também depende da diminuição dos subsídios agrícolas dos países desenvolvidos. O papel desempenhado por Lula no mundo será essencial para esse avanço, da mesma forma que sua liderança impulsionou a mudança de polo do poder do G8 para o G20, que inclui os países emergentes. “Junto com seu protagonismo e liderança, o presidente Lula projeta o poder do Brasil em âmbito mais abrangente”, afirma o cientista político Aldo Fornazieri, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

“Mas a projeção de poder do Estado brasileiro não está solta no ar. Está lastreada em uma base material.” Parte dessa base, segundo o cientista político, se deve à multinacionalização de empresas brasileiras e à abertura de novos mercados, em especial na Ásia.O bom momento da economia responde pela outra parte. Um dos fatos mais relevantes neste contexto é a conquista pelo Brasil de poder de veto nas decisões do Fundo Monetário Internacional (FMI) depois de aportar US$ 14 bilhões para o caixa da instituição.




De olho nesse bom momento, o mundo quer fazer negócio com o Brasil. “Tem sido crescente o número de representantes de governos e empresas que nos procuram para anunciar investimentos ou simplesmente tentar entender a legislação brasileira e as oportunidades de negócios no País”, diz Miguel Jorge, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Em 2009, só a França trouxe ao Brasil representantes de 540 empresas. À frente da Ubifrance, a agência responsável pela internacionalização das empresas francesas, Christophe Lecourtier, 48 anos, cita o PAC, o programa brasileiro de aceleração do crescimento, com a mesma desenvoltura com que fala do La Défense, o mais importante distrito financeiro de seu país.

O reposicionamento do Brasil no mundo implica também cenas inusitadas, como a ocorrida em visita feita em setembro pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, à sede da Ubifrance, em Paris. Cerca de 150 executivos franceses “literalmente bebiam as palavras” de Gabrielli, pelo relato de Lecourtier. “Só vi isso acontecer quando convidamos presidentes dos grandes fundos de investimento árabes”, compara Lecourtier.

“O Brasil virou um gigante.” As observações do francês estão em sintonia com as do americano Riordan Roet, diretor do Programa de Estudos Latino-Americanos da Johns Hopkins University. “O Brasil, como membro do grupo dos BRICs, jogará um papel de importância crescente”, prevê Roet, referindo-se ao acrônimo criado para designar os quatro principais países emergentes (Brasil, Rússia, Índia e China).

LASTRO
Para analistas, a projeção de poder do Brasil não está solta no ar. Tem base material

Com o poder, também vem maior responsabilidade. E, talvez, o grande desafio dos atuais formuladores da política externa brasileira seja dimensionar com precisão, e certa dose de pragmatismo, o papel do País no tabuleiro geopolítico. Para muitos países, a importância do Brasil estaria relacionada à escassez de recursos em outras regiões do planeta.

“A China precisa de matérias-primas e commodities brasileiras”, diz Roet. Da mesma forma, em sabatina no Senado americano, Thomas Shannon, nomeado por Barack Obama embaixador no Brasil, destacou a descoberta das reservas do pré-sal como acontecimento que pode ajudar a equilibrar o mercado internacional. “Se as estimativas preliminares estiverem corretas, o Brasil se tornará uma importante fonte de energia fora do Oriente Médio e das zonas conflituosas.”



Essa mudança de paradigma pressupõe, no plano comercial, a exportação de produtos de maior valor agregado. Já na seara política, é preciso baixar o perfil e evitar a “frenética e incessante busca dos holofotes”, diz Rubens Ricupero, diretor da Faculdade de Economia da Faap e ex-ministro da Fazenda.

Ricupero alerta para uma certa irritação de outras lideranças com o excessivo protagonismo brasileiro. Na lista de “excessos” estaria, por exemplo, a tentativa de mediação entre judeus e palestinos no Oriente Médio.

De fato, há um problema de timing e de consistência na ação diplomática, tanto do Itamaraty, sob comando de Celso Amorim, como do Palácio do Planalto, na figura do assessor internacional Marco Aurélio Garcia. “Lula fala de seu comprometimento com a democracia, mas rapidamente parabenizou Ahmadinejad por sua reeleição, enquanto a maioria das pessoas viu como fraudulenta”, avalia Peter Hakim, presidente do Diálogo Interamericano, um dos mais respeitados centros de estudos sobre a região, citando o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.

Para Hakim, o Brasil parece ter adotado o princípio da equidistância em suas relações globais, o que significa manter o mesmo tipo de relação com países diferentes. O sociólogo Antônio Jorge Ramalho, professor de relações internacionais da Universidade de Brasília, vai além. “O Brasil está chamando para si a capacidade de se pronunciar sobre processos que conhece pouco”, diz. “Quando a opinião brasileira negligeera nciada, isso não era um problema. Mas agora qualquer deslize pode ser entendido como ingerência e provocar conflitos.”

A tênue linha que separa uma atuação diplomática de uma intervenção ficou evidente no episódio da deposição do presidente de Honduras, Manuel Zelaya, que se encontra abrigado na embaixada brasileira em Tegucigalpa desde 21 de setembro. O Brasil, contudo, é cada vez mais requisitado como mediador. Na visita que fez a Brasília em meados de dezembro, o subsecretário de Estado americano para o Hemisfério Ocidental, Arturo Valenzuela, chegou a cobrar do governo brasileiro mediação na crise entre Colômbia e Venezuela. “Estamos preocupados com o crescente clima de enfrentamento na fronteira entre os dois países”, justificou Valenzuela.

O apelo à atuação brasileira é coerente com o papel agora desempenhado pelo País. E o melhor sinal dessa nova cara do País é a grande quantidade de delegações estrangeiras que acorreu a Brasília no decorrer de 2009, embora a capital não tenha sediado nenhum encontro multilateral. No total, foram 38 presidentes, cinco primeiros-ministros, dois vice-presidentes, cinco chanceleres e um príncipe.

 Fonte: IstoÉ/ Claudio Sequeira Dantas e Luiza Villaméa

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