A Embraer informou, na sexta-feira, que o contrato de venda de 20 jatos do modelo 190 para a Argentina foi fechado.
Os aviões serão destinados à companhia aérea Austral - subsidiária da Aerolíneas Argentinas - e começam a ser entregues em julho. O contrato foi anunciado em maio de 2009, mas estava condicionado ao cumprimento de determinados requisitos, afirmou a fabricante brasileira.
No fim de março, escritórios da Aerolíneas Argentinas - controlada pelo governo - foram invadidos pela polícia argentina, como parte de uma investigação sobre suposto superfaturamento na compra dos jatos da Embraer.
Segundo a investigação, o preço de mercado de cada aeronave era de cerca de US$ 30 milhões, mas o governo argentino teria pago US$ 34,5 milhões. A suspeita que gerou a investigação era de que a diferença teria sido usada para pagar propinas.
No comunicado divulgado na sexta-feira ao mercado, a Embraer não deu informações sobre o valor do negócio. Na ocasião das denúncias, a fabricante declarou que refutava "veementemente especulações sobre superfaturamento ou quaisquer irregularidades no processo de venda de aeronaves".
Dos 20 jatos, três já estavam incluídos na carteira de pedidos firmes da Embraer do primeiro trimestre de 2010 como "cliente não divulgado".
Os jatos Embraer 190 encomendados pela Austral são do modelo AR (Advanced Range), de maior alcance, e podem voar 4.400 quilômetros sem escalas. A cabine comporta até 96 passageiros, divididos em duas classes, sendo oito na executiva e 88 na econômica.
A Austral pretende utilizar as aeronaves principalmente para substituir jatos mais antigos em rotas domésticas, intensificar frequências de voos atuais e atender a novas cidades.
A fabricante brasileira fechou o primeiro trimestre com entregas de 41 jatos, um a mais do que no mesmo período de 2009. Do total, 21 aviões foram ao mercado de aviação comercial e outros 19 foram comprados por companhias de aviação executiva. Já no segmento de defesa, a Embraer entregou um jato modelo Legacy 600.
A companhia também informa que fechou março com uma carteira de pedidos firmes (backlog) de US$ 16 bilhões, 3,6% abaixo do saldo de dezembro.
Fonte: Valor Econômico
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