Os cinco primeiros de um total de 24 Boeing F/A-18F Super Hornets para a Real Força Aérea Australiana foram entregues este mês.
Os caças pousaram na maior base da Força Aérea australiana, em Amberley ,Queensland. Os F/A-18Fs são os primeiros novos aviões adquiridos pela Austrália, nos últimos 25 anos.
A Austrália é o primeiro cliente de exportação para o Super Hornet, tendo assinado um contrato no valor de A$ 2,9 bilhões ($ 2,6 bilhões) em 2007. A RAAF espera que a capacidade operacional inicial dos Super Hornets, seja alcançada até dezembro, diz Steve "Zed" Roberton, oficial comandante do Super Hornet Wing.
A RAAF pretende utilizar seus Super Hornets como aviões para preencher o vazio entre a retirada de serviço de seus General Dynamics F-111s e a chegada dos novos Lockheed Martin F-35s Joint Strike Fighter. Os F-111s serão retirados de serviço até o final do ano e os F-35s começarão a chegar ao longo de 2014.
Super Hornets 206, 205, 204, 203, and 202 (da esquerda para a direita)chegaram à base aérea de Amberley /Will Horton/Flightglobal
A RAAF informou que embora não pretenda comprar Super Hornets adicionais, um atraso nas entregas dos F-35s poderia favorecer a Boeing. "Nós estamos aqui e nós podemos garantir uma mitigação de riscos razoável", diz o vice-presidente da Boeing para os Programas F/A-18 e EA-18, Bob Gower. "Neste momento nós estamos focados em entregar os 24 aviões. Mas nós estaremos acompanhando a introdução dos aviões prontos para resolver quaisquer necessidades que os autralianos tenham ."
Além de Austrália, o Super Hornet está competindo em nove países. Gower está mais confiante sobre o potencial do Super Hornet na Índia, que tem cinco outros concorrentes para o fornecimento de 126 caças.
"Nós acabamos de completar os testes de campo na Índia e acho que nos saimos muito bem", disse Gower. Ele explica que a Boeing mostrou a integração perfeita entre o Super Hornet e o conjunto sensor e também realizou um pouso em pista acima de 10.000 pés (3.000 m) do nível do mar. "Temos o melhor avião em termos de manuseio, em comparação com qualquer outro avião concorrente, atendendo perfeitamente as necessidades da índia."
( da esquerda para a direita) Marechal do Ar ,Mark Binskin,da RAAF; Almirante Mark Skinner, da marinha americana e o vice-presidente dos programas F/A-18 & EA-18 da Boeing , Bob Gower, assinam os certificados de entrega dos caças / Will Horton/Flightglobal
Gower é menos confiante sobre a venda do Super Hornet ao Brasil. "Isso é um desafio para nós, porque eles estão tentando ter por base uma relação estratégica", diz ele.
A decisão do Brasil, prevista para ocorrer em breve,poderá depender de " transferência de tecnologia", disse Gower. "Fizemos uma oferta de transferência tecnológica sem precedentes, mas ainda há um pouco de desconfiança entre o Brasil e o governo dos EUA."
A Dinamarca anunciou recentemente que iria adiar por dois anos uma decisão sobre uma aquisição de Super Hornets. Gower disse que o atraso é resultado da crise financeira global, mas que a Boeing está pronta para atender as encomendas em potencial. "Temos um bom rítmo de produção que nos dá folga. Podemos atender quaisquer clientes potenciais, com rapidez. "
Enquanto isso, Roberton detalhou o cronograma de entrega dos 19 Super Hornets restantes à RAAF. Sete devem chegar em duas formações em julho.
Os 12 restantes, que serão preparados para receber uma suite atualizada de guerra eletrônica , E/A-18G Growler,no futuro , serão entregues em três formações de quatro até Outubro de 2011. "Nós nos sentimos confiantes que conseguiremos atender o prazo", diz Robertson.
Ele espera que haja uma decisão, nos próximos anos, por parte de Camberra sobre a atualização para o Hornets Super Growlers, que custaria A$300 milhões dólares em bloco, mais A$ 35 milhões gastos para a re-ligação.
Ele diz que não está claro se Camberra irá atualizar todos os 12, ou apenas alguns. "É uma opção do governo,contudo,as necessidades estratégicas exigem que todos os 12 recebam a atualização."
Fonte: FlightGlobal
Tradução: BGA
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