FAB escolhe caça sueco e gera tensão no governo

Após as férias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá resolver dois "abacaxis" na área militar, segundo Eliane Cantanhêde, colunista da Folha e da Folha Online.

Um deles refere-se ao Plano Nacional de Direitos Humanos, que cria a chamada "Comissão da Verdade", para apurar torturas e desaparecimentos durante o regime militar (1964-1985). De acordo com a colunista, "os militares acham que suas sugestões não foram consideradas e o plano ficou desequilibrado".

Outro abacaxi está relacionado ao projeto FX-2, de renovação da frota da FAB. O caça francês Rafale, da empresa Dassault, ficou em terceiro e último lugar no relatório técnico que a Aeronáutica entregou a Jobim sobre o projeto de compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira.

O Gripen NG, da sueca Saab, foi o mais bem avaliado, e o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, ficou em segundo lugar. A informação foi antecipada por Cantanhêde na Folha desta terça-feira.

A decisão pró-Rafale chegou a ser anunciada em setembro passado pelo Planalto, mas o governo brasileiro recuou depois da repercussão negativa na FAB e entre os concorrentes, já que a avaliação técnica não havia sido concluída.

No meio disso tudo, segundo Cantanhêde, paira ainda a possibilidade de o ministro Nelson Jobim não encerrar o primeiro semestre no cargo. "Ele está doido para ir para casa", completa a colunista.


FAB prefere caça sueco a francês

O caça francês Rafale, da empresa Dassault, ficou em terceiro e último lugar no relatório técnico que a Aeronáutica entregou ao ministro Nelson Jobim (Defesa) sobre o projeto de compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira. O Gripen NG, da sueca Saab, foi o mais bem avaliado, e o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, ficou em segundo.

O resultado tende a gerar constrangimentos no governo e mais atrasos para a decisão sobre o projeto ao contrapor a avaliação técnica da Aeronáutica à preferência política do presidente Lula e da área diplomática pelos franceses. A decisão pró-Rafale chegou a ser anunciada em nota oficial, em setembro; o governo recuou após repercussão negativa na FAB e entre concorrentes.

O Planalto pode ignorar o relatório e ficar com o Rafale ou desagradar à França e optar pelo Gripen NG. Formalmente, Lula pode escolher qualquer um dos três.

De acordo com a reportagem, o "sumário executivo" do relatório da FAB, com as conclusões finais das mais de 30 mil páginas de dados, apontou o fator financeiro como decisivo para a classificação do caça sueco: o Gripen NG, até por ser monomotor e ainda em fase de projeto (se baseia no Gripen atual, uma versão inferior em performance), é o mais barato dos três concorrentes finais.




Fonte: FOLHA

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